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Salário não dura até o fim do mês para 54% dos brasileiros, mas cenário melhora em relação a 2024

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Pesquisa conduzida por subsidiária da Serasa Experian mostra, para 54% dos brasileiros, o salário não chega ao fim do mês (Imagem: Rmcarvalho/Getty Images)

Mais da metade dos trabalhadores brasileiros ainda não conseguem fazer o salário durar até o final do mês. Pesquisa da SalaryFits, subsidiária da Serasa Experian, revela que 54% dos trabalhadores com carteira assinada ou como PJ encerram o mês antes do próximo pagamento. Apesar do dado preocupante, a situação apresenta melhora significativa em relação a 2024, quando 62% enfrentavam essa mesma dificuldade — a menor taxa desde 2018, início da série histórica da pesquisa. 

Alimentação e contas básicas são vilãs do bolso do trabalhador

O principal vilão que corrói o salário mensal do brasileiro é a alimentação, que compromete 77% da remuneração. Em seguida, aparecem as despesas essenciais da casa, como água e luz, que impactam 71% dos orçamentos. Outros custos que elevam a pressão financeira são financiamentos de imóveis e veículos, contraídos por 52% da população, empréstimos (36%) e compras de roupas (33%). Gastos com educação afetam 20% dos trabalhadores.

Trabalho dobrado por renda extra e fragilidade na educação financeira

Para evitar ficar no vermelho, 49% dos entrevistados recorrem a fontes alternativas de renda, como trabalhos paralelos. Entre essas alternativas, destacam-se o uso de linhas de crédito — 23% utilizam cartão de crédito, 12% cheque especial e outros têm empréstimos. Muitos também contam com ajuda da família para fechar as contas.

Além disso, 8% se dedicam a freelas e 3% recorrem a adiantamento salarial como saída. Contudo, 5% dos trabalhadores não conseguem sequer completar o mês com o salário e não dispõem de renda extra para amenizar o cenário. 

Endividamento e falta de reserva são uma constante

A pesquisa ainda traz dados preocupantes sobre a saúde financeira dos brasileiros: 75% não têm condições de arcar com uma despesa emergencial de R$ 10 mil, 66% passaram por dificuldades financeiras nos últimos cinco anos e 33% foram negativados no último ano, sendo que 17% continuam lidando com as consequências dessa situação.

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